Bebida única no mundo, o vinho verde é um dos mais consumidos e procurados nos quatro cantos do planeta. São milhões de garrafas produzidas anualmente às margens do Rio Minho, no noroeste de Portugal, uma região demarcada exclusivamente para essa finalidade.
A procura pelo vinho milenar português é tanta, que apesar dos mais de 20 mil produtores e dos mais de 75 milhões de litros produzidos todos os anos, a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) estuda mecanismos de incentivo aos viticultores para que aumentem ainda mais suas produções e, assim, suportem a crescente demanda existente, inclusive dos consumidores estrangeiros, que importam mais da metade do que é produzido no país.
Você já tinha ouvido falar sobre esse tipo de vinho? Sabe por que ele tem esse nome ou por que faz tanto sucesso mundo afora? Não? Então venha descobrir tudo sobre o vinho verde no post que preparamos hoje para você!
A origem do vinho verde
A região do Minho é famosa pelo cultivo de uvas há mais de 2000 anos. E desde a Idade Média, os vinhos produzidos na margem sul do rio são reconhecidos por sua qualidade e características diferenciadas.
Por isso, não demorou para esse vinho se tornar um hábito e parte da cultura local, sendo fundamental para a economia da região. Além disso, o vinho verde foi o primeiro produzido em solo lusitano a ser exportado para fora do país, mesmo que de maneira modesta, sobretudo para a Inglaterra.
No início do Século XX, em 1908, a região dos vinhos verdes foi oficialmente demarcada e dividida em seis sub-regiões: Amarante, Basto, Braga, Lima, Monção e Penafiel.
Após o Golpe Militar de 1926, o comércio da bebida foi regulamentado em Portugal, e então foi criada a CVRVV (Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes). Em 50, a denominação ‘vinho verde’ foi aceita pela Organização Internacional do Vinho e na década de 70 registrada pela Organização Mundial da Propriedade Industrial, proporcionando exclusividade internacional para o uso dessa expressão à região do Minho.
Características do vinho verde
Engana-se quem acredita que a bebida recebe esse nome por sua coloração ou por conta do tipo de uva utilizado em sua fabricação. Muitos também falam que a iguaria foi batizada em alusão a região bucólica e verdejante onde as vinhas são cultivadas.
Mas, na verdade, esse néctar ganhou essa designação por conta do curto processo de maturação das uvas e do um breve período de armazenamento do líquido antes do vinho ser finalmente engarrafado.
As uvas ‘verdes’, com elevado teor de acidez, altos níveis de ácido málico — responsável pela fermentação —, baixo teor alcoólico e índice de açúcar, e com sabor muito mais leve e fresco, se contrapõe às uvas maduras, mais envelhecidas. Além disso, esse vinho deve ser consumido em, no máximo, dois ou três anos, sempre gelado, com temperatura variando entre 8ºC e 12ºC.
Muitas das características peculiares do vinho verde também se devem ao local onde as uvas são cultivadas. Uma extensa planície verde, rodeada de água por quase todos os lados, e, por isso, bastante úmida, com um solo de granito com PH baixo e muitos elementos fertilizantes.
Seu uso na gastronomia
Com elevado potencial gastronômico, o vinho verde pode ser tinto, branco — o mais comum —, rose ou espumante. E por isso, combina com diversos tipos de pratos simples, principalmente com frutos do mar, peixes grelhados, carnes de porco e legumes.
Os principais tipos de uvas de vinho verde são Trajadura, Arinto — também conhecida como Pedernã —, Loureiro e Alvarinho, tida como a mais nobre delas na região.
Agora você já está pronto para apreciar dessa bebida com o conhecimento adequado sobre ela. Ainda tem alguma dúvida ou gostaria de deixar sua opinião ou questionamento? Então deixe o seu comentário e venha participar da conversa. E não se esqueça de acompanhar nosso blog para manter-se informado sobre o mundo dos vinhos.
Adoro vinho verde, especialmente com sushi e sashimi
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