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"Existe mais filosofia em uma garrafa de vinho que em todos os livros." Louis Pasteur

sábado, 19 de novembro de 2016

Regiões que são grandes apostas na produção de vinhos

Publicado por Rafaela Vidigal

 

O centro da produção vinícola mundial sempre foi o continente europeu, especialmente Itália, França, Espanha, Alemanha e Portugal. Entretanto, o mundo assiste novos países e regiões crescendo nas atividades de vitivinicultura, como Ásia, Oceania e América do Sul. Estas mudanças trazem outros contornos ao universo do vinho. Saiba um pouco mais sobre as regiões que têm se destacado.



 

Georgia e Turquia




Dois países situados nos continentes asiático e europeu, a Georgia e a Turquia tem chamado atenção por conta da indústria vinícola. Tanto que entraram na última edição do Atlas Mundial do Vinho.

A Turquia tem uma produção pequena de vinhos: 65 milhões de litros por ano. Desta quantia, 4% é exportada, tornando a bebida mais rara. Dentre as variedades internacionais mais cultivadas estão Syrah, Cabernet Sauvignon, Merlot, Sauvignon Blanc e Chardonnay. Das nacionais, destacam-se as tintas Bogazkere, Okuzgozu, Calkarasi e Kalecik Karasi, e as brancas Emir, Narince, Bornova Misteki e Sultanive.

Segundo dados históricos, a vitivinicultura está presente na Geórgia há mais de sete mil anos. Aproximadamente 70% do vinho produzido no pequeno país é proveniente da região denominada Kakheti. As uvas de mais destaque da Geórgia são a tinta Saperavi e as brancas Mtsvae e Rkatsiteli.
 

China


 

A China tem se destacado tanto na plantação de videiras - tendo conquistado o segundo lugar em área plantada em dezembro de 2014, ficando atrás apenas da Espanha - quanto na produção de vinhos.

Segundo pesquisas arqueológicas, o vinho está presente no país asiático há mais de quatro mil anos. Porém, foi somente em 1892 que a produção comercial da bebida teve início para atender a demanda dos cidadãos ocidentais que moravam na China.

De acordo com especialistas, a qualidade do vinho chinês melhorou muito nos últimos anos, a ponto de, em 2011, um deles ter conquistado menção em revista internacional especializada no segmento. O país também saiu pela primeira vez na última edição do Atlas Mundial do Vinho.
 

Uruguai e Brasil 

 

 
Os dois países sul-americanos estão ganhando evidência no mundo da vitivinicultura. O Uruguai possui 19 estados e em 16 há plantações de uvas destinadas à fabricação de vinhos. Cerca de 80% das parreiras cultivadas são de variedades tintas, com destaque para a Tannat. O solo fértil e o clima mediterrâneo proporcionam bons terroirs, garantindo a qualidade das frutas e dos vinhos produzidos. Canelones e Montevidéu são as duas principais regiões produtoras da bebida no país.

Já no Brasil, o clima é mais variado e temperado por conta de sua extensão territorial. As temperaturas mais amenas da Região Sul, especialmente o estado do Rio Grande do Sul, tornaram propícias as plantações de uvas viníferas, tornando a localidade o principal centro de produção de vinhos. Entretanto, outras regiões brasileiras têm se destacado na vitivinicultura, como o Vale do São Francisco.
 

As regiões de destaque no Brasil
 

Planalto Catarinense


 


Foi em São Joaquim, um dos municípios mais frios da Serra Catarinense, que no ano 2000 iniciou a vitivinicultura na região. Este acontecimento motivou outros empreendedores, que implantaram dezenas de vinícolas na localidade e também na vizinhança, como em Bom Retiro. As baixas temperaturas, o solo pedregoso e a altitude de 1.200 metros formam um terroir propício para o cultivo de uvas viníferas que resultam em vinhos mais encorpados.
 

Campos de Cima da Serra


Localizada no Rio Grande do Sul, a região de Campos de Cima da Serra está há cerca de mil metros acima do nível do mar. A altitude elevada associada ao clima frio leva as uvas à maturação completa, lentamente. Diversas vinícolas estão instaladas na região, entre elas Fazenda Santa Rita, Aracuri e Vinícola Campestre.
 

Serra Gaúcha


 


O Vale dos Vinhedos, Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves fazem parte da Serra Gaúcha. Atualmente, 90% do vinho brasileiro é produzido na região, e nos anos 70 este era a única localidade produtora no país. Solo areno-argiloso, chuva abundante e elevada altitude compõem o terroir da Serra Gaúcha. Os espumantes e os tintos são os destaques da região, que tem Casa Valduga, Salton e Miolo entre suas vinícolas.
 

Campanha Gaúcha


Situada nos pampas gaúchos, a região faz fronteira com o Uruguai. Na Campanha Gaúcha, o clima é mais temperado, com as estações bem definidas, a altitude é baixa – com cerca de 200 metros acima do nível do mar – e o solo é arenoso. Face ao terroir, as uvas cultivadas na região, como a Cabernet Sauvignon, a Merlot e a Tannat, além de variedades portuguesas, produzem vinhos mais encorpados.
 

Serra do Sudeste


 


Localizada no Rio Grande do Sul, esta região é um prolongamento da Campanha Gaúcha. Entretanto, sua altitude é mais elevada: está a 500 metros acima do nível do mar. O solo é granítico, o clima é temperado e as chuvas são amenas. Entre as uvas brancas cultivadas, o destaque vai para a Sauvignon Blanc e a portuguesa Alvarinho; a Tannat é a estrela das tintas.
 

Vale do São Francisco


503 municípios, localizados em diversos estados, como Pernambuco e Bahia, fazem parte do Vale do São Francisco. Por conta do clima semi-árido, do sol forte e das chuvas escassas, o cultivo de videiras na região só foi possível graças à irrigação com a água do rio. Estas características associadas ao solo areno-argiloso formam um terroir muito peculiar. Variedades como Syrah, Cabernet Sauvignon, Tannat e Ruby Cabernet tem se destacado na região.

Você já sabia sobre a ascensão de todos estes países e regiões na área da vitivinicultura? Já experimentou algum vinho de alguns deles? Compartilhe sua experiência conosco!


Origem: http://blog.artdescaves.com.br/regioes-grandes-apostas-producao-de-vinhos

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